Os ratinhos utilizados para testes são criados para desenvolver a doença de Alzheimer de modo progressivo à medida que envelhecem (denominados APP / PS1 ratos) e neles foram aplicadas injeções diárias da proteína, verificando que, além de limpar as placas amilóides tóxicas, também as impediu de se formarem.

“IL-33 é uma proteína produzida por vários tipos de células no corpo humano e é particularmente abundante no sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal)”, diz o pesquisador Eddy Liew, a partir da Universidade de Glasgow, no Reino Unido. “Nós descobrimos que a injeção de IL-33 em camundongos com idade APP / PS1 melhorou rapidamente sua memória e função cognitiva a dos ratos normais da mesma idade dentro de uma única semana.”
Antes de irmos adiante, devemos deixar claro que esses resultados são restritos apenas para ratos, e, nesta fase, não temos ideia se irá traduzir os mesmos efeitos em organismos humanos que apresentem Alzheimer.
E as chances não são grandes - um estudo colocou uma tradução bem-sucedida de resultados positivos em ratos para seres humanos a uma taxa de cerca de 8%. Portanto, nunca se pode ficar muito animado até que vejamos como as coisas se saem em ensaios humanos.
Mas se tratando de uma doença sem cura que deverá atingir 65 milhões de pessoas até 2030, qualquer novo desenvolvimento vale a pena ser estudado e a equipe por trás dos relatórios trouxe algumas dicas encorajadoras que, em certos aspectos, poderiam ajudar na doença humana.
Nos seres humanos, a doença de Alzheimer geralmente resulta em um acúmulo de dois tipos de lesões no cérebro - placas amilóides e emaranhados neurofibrilares.
Placas amilóides sentam-se entre os neurônios e formam aglomerados densos de um tipo pegajoso de proteína chamada beta-amilóide.

Já os emaranhados neurofibrilares são encontrados no interior dos neurônios, causados por proteínas defeituosas que se aglomeram em uma massa espessa, insolúvel. Isto faz com que pequenos filamentos chamados microtúbulos se contorçam, perturbando o transporte de nutrientes essenciais em todo o cérebro.
Neste momento, não se sabe porque certas pessoas experimentam um acúmulo de placas amilóides e emaranhados neurofibrilares no cérebro à medida que envelhecem e outros não. Mas os cientistas estão confiantes de que esse tratamento poderá reverter e tratar a doença.
Trabalhando com ratos, Liew e sua equipe descobriram que a IL-33 aparece para alavancar células imunes no cérebro chamadas microglia, orientando-as para as placas amilóides tóxicas. Uma vez que as placas eram encontradas, a microglia absorve agressivamente a placa com a ajuda de uma enzima chamada neprilisina, que é conhecida por quebrar amilóide solúvel.
Este processo foi encontrado para reduzir o tamanho e o número de placas amilóides em ratos com sintomas de Alzheimer.
Não só isso, mas as injeções de IL-33 também impediram que ocorressem inflamações no tecido cerebral, o que estudos anteriores tinham associado à proliferação de placas e emaranhados.
“Portanto, IL-33 não só ajuda a limpar a placa amilóide já formada, mas também evita a deposição das placas e emaranhados em primeiro lugar”, relata a equipe de Glasgow.
E essa não poderia ser uma melhor notícia, visto que inúmeros pesquisadores estão obcecados em encontrar uma cura ou tratamento para a doença do Alzheimer.
Já Liew permanece otimista: “A relevância deste achado para a doença de Alzheimer humana é atualmente pouco clara. Mas há indícios encorajadores. Por exemplo, estudos genéticos anteriores demonstraram uma associação entre IL-33 e a doença de Alzheimer em populações europeias e chinesas. Além disso, o cérebro de pacientes com a doença de Alzheimer contém menos IL-33 do que cérebros de pessoas saudáveis.
Ele acrescenta que, “Tem havido bastante avanços falsos no campo da medicina para nos advertir que não devemos mergulhar a fundo até que os ensaios rigorosos tenham sido feito”.
O primeiro ensaio está para ser iniciado em pacientes portadores da doença a fim de estudar e acompanhar os resultados da IL-33 no organismo humano.
Estamos prontos e ansiosos, aguardando por esses resultados.
Fonte: Science Alert

Legal esta matéria. Encontrei falta de coerência em algumas partes, mas consegui captar bem o assunto tratado.
ResponderEliminarBom, em termos de ciência é um grande salto para a humanidade caso consigam realmente romper esta barreira de "incurável". Tenho em mente que não demorará muito para que a humanidade tenha conhecimentos superiores aos atuais, usando tratamentos holísticos e conciliando físico com espiritual, pois só e somente desta maneira haverá o equilíbrio entre físico e mental.